Profa. Valéria Valls também palestra sobre as mudanças na carreira dos bibliotecários

11/12/2019

Debater o Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (PMLLLB) significa fazer o plano. Nas palavras e pelos olhos de José Castilho Marques Neto, ex-secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), autor da Lei Castilho e recém-nomeado conselheiro da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), é o que muitas das cidades do país vêm fazendo.

“Tenho circulado pelo país e dezenas de cidades já têm seu plano de PMLLLB em fase de conclusão. Podem não acabar em lei, como São Paulo, mas o fato de se reunirem desde os escritores, os leitores, passando por toda a cadeia de leitura da cidade, é algo fundamental para que a sociedade se organize em um espaço de liberdade”, afirmou Castilho que participou no dia 10 de dezembro de um debate sobre o PMLLLB no Seminário Municipal de Bibliotecas Públicas. “Quero crer que, tanto o poder público municipal hoje, o secretário Alexandre, o prefeito, como os Conselheiros que nos representam tenham a grandeza de entender esse momento e que a gente possa de fato reunir a cidade de São Paulo.”

Instituído por uma lei promulgada pelo ex-prefeito Fernando Haddad no fim de 2015, o PMLLLB estabelece objetivos e metas para as políticas públicas do livro e da leitura na cidade. Para discutir e acompanhar essas iniciativas da prefeitura, foi criado um conselho, mas na gestão de João Doria, o seu secretário de Cultura, André Sturm, extinguiu o grupo com um decreto em 2017. Uma nova composição de "conselho de notáveis" escolhida pela prefeitura foi efetivada, mas não funcionou.

Em novembro último, um novo conselho foi eleito e há grande expectativa que a lei, prestes a completar quatro anos, seja finalmente cumprida. Quatro fespianos foram eleitos como representantes da sociedade civil: a Profa. Dra Tania Callegaro, o pós-graduando Daniel Fuentes, e os ex-alunos Julia Alves dos Santos e Gabriel Justino de Souza.

A Profa. Dra. Valeria Valls, coordenadora da Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política (FaBCI/FESPSP) e da ABCIN (Associação Brasileira de Educação em Ciência da Informação) região São Paulo também participou do evento no debate sobre Virtualidades da Profissão.

 “O bibliotecário precisa estar capacitado para desenvolver e utilizar novas tecnologias que se alteram aceleradamente, e, claro, é necessário acompanhar essas tendências e responder às mudanças sociais e seus impactos. Além disso, ele trabalha com a informação, processa codifica e inclui novas metodologias”, explicou Valls.

Lia Carneiro
Agência Fato Relevante
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