Aula Aberta
24/10/2017
Mapa da Desigualdade Social é divulgado na FESPSP
Representantes da Rede Nossa São Paulo e de outras entidades estiveram presentes para debater os dados.
A FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) recebeu nesta terça-feira, 24, a Rede Nossa São Paulo para apresentação dos dados do Mapa da Desigualdade Social 2017 (com dados compilados no ano base 2016). Do último relatório para o atual foi constatada uma estagnação nos índices de desigualdade, com poucas variáveis. O que não necessariamente significa melhores dados na qualidade de vida, mas apenas a manutenção da distância entre as regiões mais favorecidas e as menos favorecidas. A apresentação fez parte da Aula Aberta da disciplina de "Análise de Políticas Públicas I", ministrada pelo Prof. Dr. Paulo Silvino Ribeiro e contou com a presença do ex-aluno Américo Sampaio, sociólogo e gestor de Projetos da Rede Nossa São Paulo.
Sampaio estará presente na Aula Aberta que acontecerá ainda nesta terça-feira, às 19h, no auditório da FESPSP. O debate contou com a participação de Rafael Georges, Lívia Lima, José Luiz Adeve e Jorge Abrahão, coordenador da Rede Nossa São Paulo.
A consolidação dos dados aponta que 34 bairros do município de São Paulo possuem maior vulnerabilidade social, para Sampaio ter estes dados é essencial para o planejamento de Políticas Públicas de todos os governos. "São 34 distritos prioritários que devem ser absolutamente colocados como o coração de toda e qualquer gestão pública", apontou. José Luiz Adeve aponta para o problema que os bairros periféricos enfrentam, que dificultam ainda mais o acesso aos equipamentos públicos: a burocracia.
Lívia Lima, jornalista da Agência Mural, concorda que existe um descaso para com a população periférica, por parte do Poder Público. "As vezes não é só um descaso, pelo contrário, é um projeto de cidade que propositalmente desconsiderou a população negra e pobre e é por isso que estamos lá e estamos sofrendo várias coisas, por isso que o número de homícidios é maior nessas regiões. O mapa mostra e temos de continuar denunciando", declarou a jornalista.
O cientista política Rafael Georges destacou a importância de analisar e comparar os dados do Mapa da Desigualdade Social, não apenas entre os anos, mas também entre os indicadores. "Quando vemos os dados e perguntamos os porquês a gente vai pelo caminho das soluções, que não são nunca simples. A relação entre equipamento cultura e educativo e a violência é evidente", analisa.
O levantamento está disponível no site da Rede Nossa São Paulo, clique aqui para acessar.